Autor: Elton Lyrio | emorati@redegazeta.com.br
Empresa receberá cópia do atestado na hora da consulta
Um sistema eletrônico que inclui um aplicativo para celular promete complicar a vida de quem apresenta atestados médicos falsos para faltar ao trabalho sem justificativa.
Idealizado pelo médico capixaba Oswaldo Pavan, o atestado médico digital deve começar a ser usado por profissionais de saúde e por empresas a partir de outubro.
O funcionamento é simples. Quando o paciente for ao médico e precisar de se afastar do trabalho, em vez de o médico fazer o atestado escrevendo à mão e em uma folha de papel, o documento será feito no computador ou no smartphone e on-line.
Com isso, a empresa em que o paciente trabalha será notificada automaticamente daquele atestado e terá acesso a dados como o motivo e a quantidade de dias de afastamento. Outras duas cópias são geradas automaticamente para o e-mail da pessoa atendida e para o arquivo do médico no sistema.
Oswaldo Pavan, que já foi vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), explica que essa comunicação imediata e o registro dos dados eletronicamente impedem que o atestado seja rasurado e a quantidade de dias seja alterada, por exemplo.
"Hoje, falsificar um carimbo ou escanear um receituário é algo muito fácil. Criamos o atestado eletrônico digital para evitar as fraudes", destaca.
Pavan também explica que o sistema combate práticas como o "atestado do dia seguinte", quando o trabalhador falta ao serviço e vai ao médico um dia depois para pedir um documento com data retroativa, o que é ilegal. Além disso, o sistema também dispensa o uso de papel.
Gratuito
Os médicos vão poder usar o sistema gratuitamente. Já as empresas terão de pagar uma taxa de manutenção que ainda não foi definida. "É um valor baixo, inferior a de um dia de trabalho de um funcionário", garante Pavan.
Ele destaca que o sistema protege médicos, empresas e também oferece comodidade ao trabalhador, já que não será necessário entregar o atestado na volta a empresa, uma vez que ela já vai ter sido notificada.
O projeto foi apresentado ontem, na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), a empresas e representantes de diversos setores. Segundo Pavan, vários segmentos demonstraram interesse em aderir à iniciativa.
O médico estima que entre 25 a 30% dos atestados apresentados no Espírito Santo tenham alguma suspeita de fraude. Com a implantação do atestado eletrônico digital, a expectativa é de que a quantidade de atestados seja reduzida de 30 a 40%. "As pessoas vão pensar duas vezes", comenta Pavan.
Documentos falsos
O empresário Antônio Perovano, diretor do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação, conta que o setor recebeu mais de 46 mil atestados em 2013.
Atestado eletrônico digital
Foto: Edson Chagas - GZ"Hoje a Prefeitura de Vitória tem atestado com código de barras. Com esse novo, acompanharemos atestados do Estado todo" Antônio Perovano.
Fonte: GazetaOnline (Matéria) / ThinkStock.Veja (Imagem).
Idealizado pelo médico capixaba Oswaldo Pavan, o atestado médico digital deve começar a ser usado por profissionais de saúde e por empresas a partir de outubro.
O funcionamento é simples. Quando o paciente for ao médico e precisar de se afastar do trabalho, em vez de o médico fazer o atestado escrevendo à mão e em uma folha de papel, o documento será feito no computador ou no smartphone e on-line.
Com isso, a empresa em que o paciente trabalha será notificada automaticamente daquele atestado e terá acesso a dados como o motivo e a quantidade de dias de afastamento. Outras duas cópias são geradas automaticamente para o e-mail da pessoa atendida e para o arquivo do médico no sistema.
Oswaldo Pavan, que já foi vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), explica que essa comunicação imediata e o registro dos dados eletronicamente impedem que o atestado seja rasurado e a quantidade de dias seja alterada, por exemplo.
"Hoje, falsificar um carimbo ou escanear um receituário é algo muito fácil. Criamos o atestado eletrônico digital para evitar as fraudes", destaca.
Pavan também explica que o sistema combate práticas como o "atestado do dia seguinte", quando o trabalhador falta ao serviço e vai ao médico um dia depois para pedir um documento com data retroativa, o que é ilegal. Além disso, o sistema também dispensa o uso de papel.
Gratuito
Os médicos vão poder usar o sistema gratuitamente. Já as empresas terão de pagar uma taxa de manutenção que ainda não foi definida. "É um valor baixo, inferior a de um dia de trabalho de um funcionário", garante Pavan.
Ele destaca que o sistema protege médicos, empresas e também oferece comodidade ao trabalhador, já que não será necessário entregar o atestado na volta a empresa, uma vez que ela já vai ter sido notificada.
O projeto foi apresentado ontem, na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), a empresas e representantes de diversos setores. Segundo Pavan, vários segmentos demonstraram interesse em aderir à iniciativa.
O médico estima que entre 25 a 30% dos atestados apresentados no Espírito Santo tenham alguma suspeita de fraude. Com a implantação do atestado eletrônico digital, a expectativa é de que a quantidade de atestados seja reduzida de 30 a 40%. "As pessoas vão pensar duas vezes", comenta Pavan.
Documentos falsos
O empresário Antônio Perovano, diretor do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação, conta que o setor recebeu mais de 46 mil atestados em 2013.
Foto: Edson Chagas - GZ
"Hoje a Prefeitura de Vitória tem atestado com código de barras. Com esse novo, acompanharemos atestados do Estado todo" Antônio Perovano.
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